Saquear do cotidiano seus objetos e os delicados desejos, os pequenos devaneios implicitamente a eles associados. É desse modo que Anna Paola Protasio vem construindo sua poética.
Nesta instalação, são bicicletas. Bicicletas que anseiam estabelecer o contínuo do tempo e do espaço, atravessar paisagens, conectar caminhos ou tocar limites. Por isso são vermelhas e é também o vermelho que abraça os corpos-imagem que pedalam nos vídeos. Este se situa no limite visível do espectro luminoso: são os vermelhos que possuem os maiores comprimentos de ondas de luz perceptíveis ao olho humano. Seria possível alongar uma onda de luz ao infinito?